Eu quis a subida e a descida ao mesmo tempo, então perdi o controle dos passos. Já não havia ida nem volta, apenas a dúvida: eu estava parada entre dois extremos. Logo eu que sempre soube para onde ir, logo eu que passei a vida inteira dando dicas, hoje fico mal por não ter o controle de mim mesma. Foi por achar que eu era segura demais, consciente demais que acabei me tornando uma cópia mal feita de tudo aquilo que eu havia rejeitado, passei a ser o que eu mesma, condenei, e olhe que eu nem tenho o direito de julgar o que seria certo ou errado. Quis fingir que sou forte, mas falhei. E mesmo tendo passado o dia inteiro com o sorriso à mostra, ao fechar os olhos, eu desabei. Com os olhos fechados eu enxerguei o que havia lá dentro, e me assustei com o que vi; não, eu não possuo toda a verdade em minhas mãos, para ser sincera não tenho nem mesmo a metade dela. Aliás, nem sei se ainda consigo ser sincera comigo mesma...
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